sábado, 22 de maio de 2010

Fantasma

Páginas que virei
Voltei, vivi, venci
Passei,
Sem ultrapassar.

A poeira já sedimentada
Que insisto em levantar.

Memórias frias
Que amorno
Forço-me a lembrar.

E o brilho de seus olhos
Que abrasa os olhos meus
Inunda um nevoeiro
Um negrume,
Onde guardo meus anseios.

Dito brilho me acompanha
Enquanto de pé
Tanto em meu leito
Ilusiona felicidade
E não satisfaz mais que corrói.

Carrega a alma.
Alma...
Insegura acredita
No que já morreu.
Morte...

O único mal sem retorno.
Mal que aturde mais
Os que com a vida ficam
Que os que sem ela foram.

E o Menestrel
Que causa e descausa
Mata o físico e mantém a alma
De quem não volta.

Mata a alma q mantém a casca
Dos corpos vazios
Que os querem de volta.

E esse vazio
Me torna vulnerável
Sedenta do que é julgado
Impossível.

Toda a frustração
Mescla-se numa enxurrada de sentimentos

Saudade...

Aperta meu peito
Cada vez que
Na luz dos meus olhos
Vejo os olhos dela.

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